sábado, 13 de junho de 2009

3,2,1

Me inspirei em blogs por aí e no meu próprio blog antigo. Agora estou achando que sentar de pijama na frente do computador é um ato grandioso. Mas espero que não seja.

As piores coisas que já escrevi foram aquelas afetadas de ideologias e vontade de catequizar. Quando era crise dos 14 anos, tudo bem. A minha crise dos 14 anos acabou me levando para lugares interessantes. A minha catequização a partir do tesão corporal e quase produtivo também. Eu precisei ser um pouco ridícula para chegar até algumas experiências.

Hoje eu dou risada. Mas no fundo eu sempre sofro.

Em muitos lugares em que eu cheguei eu nem ando mais. Agora o processo vem totalmente contido, com uma cabeça mais equilibrada, até um jeito de falar mais equilibrado (mas só quando me controlo conscientemente para isso). No fundo acho que estou em lugar algum. Por isso vim aqui escrever. Pra fazer alguma coisa. Solitária e em paz. Apesar de eu só recorrer a esse método quando estou afobadinha.

Pensei em escrever histórias baseadas em histórias de outras épocas da minha vida. E eu de repente sou uma pessoa idosa, com saudades da juventude. Que loucura!
Eu ando ouvindo músicas mais sofisticadas e calmas. E faz muito tempo que não bebo cachaça e fico dançando com os cabelos. Ultimamente só ando bebendo cachaça. Em casa, com a família. E em pequeníssimas doses.

Não espontaneamente ando lendo muita coisa. Acho que 20% do que leio assim me toca. Algumas coisas não tocam, mas servem para alguma caída de ficha depois. O resto não toca, não serve para nada depois do papel e coloco no meio de um monte que fica em cima da minha cabeça quando eu vou dormir. Existem momentos e momentos para absorver cada coisa.
Meu quarto está revirado novamente, cheio de lembranças do ano passado. Às vezes o meu quarto é meu espaço café-com-leite. Isso é triste.

Espontaneamente li Anaïs Nin, "Delta de Vênus"- histórias eróticas- e seus diários de 1931-32. Gostei muito. Eu abri minhas pernas para ela. Agora, seguindo um mesmo fio condutor, eu comecei a ler Henry Miller, "Trópico de Câncer", o livro que ele escrevia na mesma época em que estava convivendo com a Anaïs.
Influenciada pelo teatro eu li a "Ópera do Malandro". É bom saber de onde saíram algumas músicas. Mas não levei como sugestão para montarmos. Chico Buarque é pesado demais para nossas costas.

Hoje é o dia que separei para começar a fazer meu trabalho de final de semestre. Analisar um poema. Mas não estou nem um pouco a fim. Aí vim me desinfetar aqui antes para não matar meu trabalho.
No começo, achei um horror ver alguém precisar de umas três horas para falar sobre um poema. Agora eu tenho um limite máximo de 5 laudas-páginas para escrever sobre um poema que eu escolher, dentro de oito opções. Isso me dá uma preguiiiiiiiiiça!


Essa coisa fica parecendo um texto grande. Mas é realmente muito pouco. E superficial. Mas a gente começa porque tem que começar, de qualquer jeito.
Mais uma fase ressurge pontuada com letrinhas. Já era mais do que hora.

Um comentário:

  1. Esse blog é o mais promissor dos últimos tempos.
    Lilian Chinem mostra que não há motivos para desesperanças na internet. Excelente!
    Beijos, menina linda!

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Alô, alô!